“Não deu para segurar”: incontinência urinária afeta 10 milhões brasileiros

“Não deu para segurar”: incontinência urinária afeta 10 milhões brasileiros

Mulheres sofrem mais com o problema. Especialistas dão dicas e falam sobre causas e tratamentos para cada caso.

Afetando homens, mulheres e crianças, a incontinência urinária pode ser considerada um problema de saúde pública no Brasil. Os números confirmam essa realidade: são 10 milhões de pessoas em todo o país – 5% da população – convivendo com diferentes versões do problema, que atinge 45% das mulheres e 15% dos homens acima dos 40 anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

E justamente por impactar a qualidade de vida de tanta gente, o último dia 14 de março foi lembrado como o Dia Mundial da Incontinência Urinária. A ideia é conscientizar a população sobre o tema, que ainda é cercado por tabus e desinformação, impedindo que muitos busquem o tratamento adequado.

“A perda involuntária de urina pode ter diversas causas, desde a bexiga hiperativa, caracterizada pela urgência miccional, até problemas neurológicos e relacionados à próstata, mais comuns em homens. Nas mulheres, a incontinência urinária de esforço, que ocorre ao tossir, espirrar ou levantar peso, é prevalente, especialmente após a menopausa”, explica Dr. Hélder Polido, urologista.

Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia, especialista em Cirurgia Urológica Minimamente Invasiva e Diretor Médico do Instituto Hélder Polido, em São Carlos, o profissional lembra que, independente do caso de incontinência e do perfil de paciente, o primeiro especialidade que deve ser procurado é a urologia, área da medicina responsável pelo trato urinário.

“Procurar um urologista é fundamental para um diagnóstico preciso e personalizado. Quanto antes o problema for identificado, mais eficaz será o tratamento. É importante ressaltar que a incontinência urinária não é uma parte normal do envelhecimento, e não deve ser ignorada”, orienta o especialista, que também é Coordenador do Núcleo de Disfunções Miccionais no IHP.

Tratamentos eficazes e acessíveis para cada caso

A boa notícia é que a incontinência urinária tem cura ou, no mínimo, pode ser significativamente controlada. O tratamento varia de acordo com a causa e a gravidade do problema, mas pode incluir fisioterapia, medicações, procedimentos minimamente invasivos e cirurgias.

Essa abordagem multidisciplinar faz parte do conceito de Medicina Integrativa, que é aplicado no Instituto Hélder Polido. Assim, casos de incontinência urinária podem ser acolhidos por especialistas de diferentes áreas que, juntos, elaboram um protocolo completo e abrangente para o tratamento. No IHP, por exemplo, profissionais de urologia, nefrologia, cirurgia, pediatria e fisioterapia podem atuar em conjunto, unindo forças em prol da cura do paciente.

O processo se inicia com o Estudo Urodinâmico, um exame computadorizado que analisa a atividade do trato urinário inferior durante as fases de enchimento e o esvaziamento da bexiga. Depois, a Urofluxometria avalia o volume e a velocidade por segundo com que a urina passa da bexiga pela uretra, permitindo analisar o quanto a parede da bexiga consegue se contrair.

O perfil de cada paciente também é importante, indicando possíveis causas e protocolos indicados para cada caso. Nos homens, por exemplo, uma boa parte dos problemas estão ligados à idade e à próstata.

“Geralmente, quanto mais idoso, maior a chance de algum distúrbio miccional no homem. Cirurgias ou alterações na próstata também são fatores de risco”, lembra Dr. Carlos Eduardo Westin, que também é urologista no Instituto Hélder Polido.

Segundo o profissional, que é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia e da International Continence Society (ICS), a incontinência, nas mulheres, costuma ter outras causas.

“Além de questões genéticas, o enfraquecimento do assoalho pélvico contribui para a instalação desse quadro.Isso leva à chamada incontinência de esforço, que pode ser atenuada ou resolvida com a fisioterapia pélvica”, esclarece o especialista.

A fisioterapia pélvica engloba uma série de exercícios e treinamentos que visam fortalecer a musculatura do assoalho pélvico. A prática tem inúmeros benefícios, e se tornou a queridinha das famosas nos últimos anos. Mas, no caso específico da incontinência urinária, o objetivo é aumentar o controle da mulher sobre os músculos da região, ajudando a conter o escape de xixi.

Dra. Paula Hebb de Lima, especialista em fisioterapia pélvica do IHP, utiliza técnicas modernas, como biofeedback, para realizar o tratamento.

“É uma técnica de contração e relaxamento dos músculos do assoalho pélvico orientada pelo fisioterapeuta, guiada por estímulos visuais sonoros e elétricos, visando melhorar a consciência da pessoa sobre o próprio corpo e o fortalecer a musculatura pélvica profunda”, explica.

E a criançada?
O tipo de incontinência urinária que mais afeta as crianças é chamada de enurese noturna – o famoso “xixi na cama”. Outros casos comuns estão ligados ao momento de desfralde, quando a criança ainda tem dificuldade de entender quando e como deve ir ao banheiro.

No Instituto Hélder Polido, a criançada faz seu tratamento de incontinência urinária de uma forma bem mais divertida e agradável: é a gameterapia, uma técnica inovadora que já é utilizada com os pequenos pacientes de São Carlos e região.
Responsável pela área de pediatria e nefrologia pediátrica do IHP, Dra. Luciana Banin destaca os benefícios dessa tecnologia para os pequenos.

Com tantos tratamentos disponíveis, adaptados a todos os tipos de pacientes e causas de incontinência, os profissionais do Instituto Hélder Polido reafirmam que esse é um problema que não deve ser ignorado, mas tratado e controlado.

Segundo Dr. Hélder Polido, as chances de cura são muito boas, em todos os casos. E mesmo quando esse objetivo não é alcançado, a melhora na qualidade de vida da pessoa é significativa, o que também deve ser comemorado.

Fonte EPTV

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