Brasil terá primeiras canetas emagrecedoras produzidas nacionalmente a partir de agosto.
11/06/2025
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A EMS, maior indústria farmacêutica brasileira, vai lançar em agosto os primeiros medicamentos injetáveis para emagrecimento e controle do diabetes tipo 2 fabricados integralmente no Brasil.
Os produtos — batizados de Olire e Lirux — são baseados na substância liraglutida, já conhecida no mercado por estar presente nos medicamentos Saxenda e Victoza, da empresa dinamarquesa Novo Nordisk.
A principal novidade está na produção nacional. Segundo a EMS, tanto o princípio ativo quanto a formulação final das canetas serão fabricados na planta da empresa em Hortolândia (SP), com previsão de início da distribuição ainda neste segundo semestre. A autorização da Anvisa foi concedida em dezembro de 2024.
O Olire será indicado para o tratamento da obesidade, em doses de até 3 mg por dia, e poderá ser utilizado por adolescentes a partir de 12 anos e adultos com índice de massa corporal (IMC) acima de 30, ou superior a 27 em casos de sobrepeso com comorbidades, como hipertensão, diabetes ou dislipidemia.
Já o Lirux será destinado ao controle do diabetes tipo 2, com doses de até 1,8 mg diárias, podendo ser utilizado por adultos, adolescentes e crianças com mais de 10 anos.
A EMS prevê colocar no mercado cerca de 200 mil unidades dos dois produtos ainda em 2025, com expectativa de alcançar meio milhão de canetas no prazo de um ano. A empresa estima que essa linha possa representar até 25% do seu faturamento nos dois primeiros anos de comercialização, com potencial de movimentar cerca de R$ 2,5 bilhões em receitas entre 2025 e 2026.
Outro diferencial é o preço mais acessível: a empresa prevê que os medicamentos nacionais tenham valores entre 10% e 20% inferiores aos produtos importados atualmente disponíveis nas farmácias brasileiras.
A EMS também se prepara para entrar no mercado da semaglutida, princípio ativo presente nos medicamentos Ozempic e Wegovy, cuja patente expira no Brasil em 2026. A semaglutida tem como vantagem a aplicação semanal, além de demonstrar índices mais elevados de perda de peso em comparação à liraglutida — podendo chegar a reduções de até 15% a 17% do peso corporal.
Ambos os medicamentos atuam como análogos do hormônio GLP-1, produzido pelo intestino após as refeições. Esse hormônio tem papel essencial no controle da glicemia, pois estimula a liberação de insulina, reduz o esvaziamento gástrico e promove sensação de saciedade — o que explica seu uso tanto para o controle do diabetes quanto como auxiliar na perda de peso.
Fonte: R7.
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