Palestras trataram de conceitos e identificação de crianças com superdotação

A Secretaria Municipal de Educação (Seduc) de Porto Ferreira ofereceu em 5 de novembro uma formação especializada para professoras de Atendimento Educacional Especializado (AEE) da rede municipal e diretores que atuam com estudantes com altas habilidades e superdotação (AH/SD).

O evento foi organizado pela equipe multidisciplinar da Seduc e ocorreu no auditório da 135ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com a presença do secretário de Educação, Carlos Augusto Colussi, e do chefe da Divisão de Ensino, professor Ricardo Bellini dos Santos.

A formação teve como destaque as palestras da neuropsicopedagoga Camila Herculian, especialista em Altas Habilidades ou Superdotação e mestre em Psicologia, e Roberta Vitola, psicopedagoga clínica e institucional e também analista do comportamento, ambas do Instituto Camila Herculian, de Pirassununga.

Altas habilidades ou Superdotação não são um transtorno, mas sim uma condição do neurodesenvolvimento, uma forma de sentir, ver, apreciar e aprender de forma diferente. A superdotação é um termo que se refere a esse alto potencial.  E isso exige desafios suplementares na educação.

Para Camila Herculian, a identificação das crianças com altas habilidades ou superdotação é fundamental, principalmente na primeira infância. “Há sinais e indicadores desses indivíduos dentro do ambiente familiar e do ambiente escolar, por isso é importante que essa condição, seja analisada de forma cuidadosa por profissionais qualificados, e não se baseando em mitos”, explicou a especialista.

A palestrante também fez uma reflexão sobre a atuação dos profissionais da educação, que exige sensibilidade, técnica, conhecimento e, acima de tudo, escuta ativa, uma vez que o estudante com superdotação precisa se reconhecer e se sentir respeitado e pertencente ao mundo para que consiga desenvolver seus potenciais e acreditar que pode alcançar tudo que almeja e ter realização pessoal e social.

A formação teve como objetivo fortalecer as práticas pedagógicas inclusivas e contribuir para o desenvolvimento integral dos alunos atendidos no AEE, reafirmando o compromisso da Seduc com uma educação de qualidade e acessível a todos.