25 milhões de brasileiros sofrem com refluxo: conheça causas e tratamentos

25 milhões de brasileiros sofrem com refluxo: conheça causas e tratamentos

Sensação de queimação e dores no peito podem ser sintomas. Especialista explica como prevenir e tratar a condição, que pode afetar diretamente a qualidade de vida das pessoas.

Imagine a seguinte situação: depois de saborear uma refeição deliciosa, surge um incômodo na região do peito, parecida com uma queimação, que vai crescendo a ponto de eliminar todo o prazer obtido pela saci ação da fome e se transforma em uma experiência de dor e sofrimento. Agora, além de imaginar, se você já vivenciou essa realidade, talvez faça parte dos 25,2 milhões de brasileiros que sofrem com o refluxo, segundo dados do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBC).

O refluxo, basicamente, ocorre quando o conteúdo do estômago, seja comida ou ácido clorídrico, acaba retornando para o esôfago ou, em alguns casos, até mesmo para a garganta e para a boca”, explica Dr. Allan Rodrigues de Morais, especialista em Cirurgia Gástrica do Instituto Hélder Polido, centro de referência em saúde localizado em São Carlos.

Quando isso ocorre, diversos problemas podem acontecer, sendo que os mais comuns são a famosa sensação de queimação no peito e na garganta, bem como a azia, geralmente após as refeições. Mas há situações onde o refluxo também pode causar vômitos, tosse crônica e sangramentos, bem como laringite e até mesmo anemia.

Causas do refluxo

Dr. Allan explica que a principal causa do refluxo é o mau funcionamento de uma válvula que fica entre o estômago e o esôfago.

Essa válvula, chamada esfíncter esofagiano, funciona como uma barreira entre os 2 órgãos. Mas quando ela não funciona corretamente, os alimentos, bebidas e suco gástrico fazem o fluxo contrário da digestão e acabam voltando. Com isso, a parede interna do esôfago fica irritada, pois seu tecido não está preparado para receber o conteúdo ácido do estômago”, diz.

Segundo o especialista, essa válvula pode deixar de funcionar da forma ideal por alguns fatores, como o enfraquecimento da própria estrutura ou devido à presença de uma hérnia de hiato. Mas, sejam quais forem as causas, os sintomas são quase sempre os mesmos: má digestão, azia, queimação e dores no peito, entre outros.

Como saber se tenho refluxo?

Os sintomas são importantes, mas, para descobrir se alguém realmente sofre de refluxo, é necessária uma investigação mais aprofundada. Dr. Allan explica que, até certo ponto, episódios pontuais de refluxo podem ocorrer com qualquer pessoa, e são relativamente normais. Mas quando a condição se torna crônica – ou seja, acontece com frequência – é preciso tratamento

Na verdade, existe o que chamamos de refluxo fisiológico, que acontece normalmente com os bebês, por exemplo, e depois em alguns adultos, mas de forma bastante esporádica. Mas quando essa situação se torna frequente, temos uma condição conhecida como Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), que precisa de acompanhamento profissional”, explica.

O especialista conta que o diagnóstico preciso é feito com base na entrevista com o paciente e no relato dos sintomas, e pode ser confirmado por meio de exames específicos. O mais importante é a endoscopia digestiva alta, mas outros, como radiografia, pHmetria, manometria do esôfago e laringoscopia também podem ser solicitados.

Tratamentos variados para cada caso

Segundo Dr. Allan, uma vez confirmado o diagnóstico de DRGE, existem diferentes opções de tratamento para o paciente. O tratamento clínico pode se basear tanto em medicamentos que reduzem a produção de ácido estomacal, trazendo alívio, quanto em mudanças na rotina e nos hábitos alimentares.

O cirurgião gástrico também indica outras medidas preventivas, como não se deitar logo após as refeições e erguer levemente a cabeceira da cama, para dificultar o refluxo. Além disso, é claro, não exagerar nas refeições também ajuda.

Cirurgia também é opção

Nos casos em que os medicamentos prescritos e a mudança de hábitos não surtem os efeitos desejados, pode haver indicação de tratamento cirúrgico. Dr. Allan conta como funciona o procedimento.

Especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo e habilitado e qualificado em Cirurgia Oncológica do Aparelho Digestivo pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), Dr. Allan afirma que essa técnica cirúrgica proporciona uma recuperação mais rápida, com pouca dor pós-operatória, e oferece uma resolução total e definitiva para a doença.

Diretor Administrativo do Instituto Hélder Polido, que pratica a Medicina Integrativa, Dr. Allan também lembra que esse conceito inovador é focado na saúde integral e no bem-estar do paciente, que é acolhido de forma diferenciada e passa a ter um papel crucial para que os tratamentos deem resultado.

Fonte G1

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