Selecionadas as canções para o 15º Festival de Música Raiz e Sertaneja Zé Carreiro
10/05/2023
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Após o período de inscrições, que se encerrou no último dia 3 de maio, a Comissão Organizadora do Festival Zé Carreiro selecionou as 20 músicas participantes da 15ª edição do evento.
De acordo com o edital, as canções selecionadas também deverão cumprir a ordem de apresentação definida após sorteio realizado em transmissão ao vivo pela página oficial do Facebook da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, na última segunda-feira (08/05).
O evento, que acontece de 19 a 21 de maio, no Galpão Permanente de Eventos Luiz Antônio Camarotti (antiga Fepasa), tem entrada solidária (1 kg de alimento não perecível) e ainda contará com praça de alimentação organizada pela Feira Livre Municipal, exposições sobre o Zé Carreiro e apresentações de grandes duplas sertanejas todos os dias.
O festival tem por objetivo incentivar e divulgar a música sertaneja raiz, abrindo espaço para o surgimento e conhecimento dos valores artísticos não só de Porto Ferreira, mas de todo o Brasil.
Confira abaixo a programação do evento, com as músicas selecionadas e a ordem de apresentação a ser seguida em cada dia de semifinal:
Sexta-feira (19/05)
19h30 – Início da Semifinal
- Sinhô Passarim e Flor Bunita – “Germinar”
- Tião Gonçalo e Paranaense – “O Caboclo Tem”
- Felippe Viola e Roni – “Terra Brasil”
- Erick Silva e Fernando – “Nossa Cabana”
- Leonardo André de Oliveira Neto – “Vida de Peão”
- Mauro & Marcio – “Museu da Imaginação”
- Mauro & Marcio – “A Cadeia da Saudade”
- Leonardo André de Oliveira Neto – “A Volta do Retirante”
- Erick Silva e Fernando – “Pagode do Aquecimento”
- Adriano Reis e Cuiabá – “Retalho de Tradição”
Encerramento – Chico Amado e Xodó
Sábado (20/05)
19h30 – Segunda Semifinal
- Felippe Viola e Roni – “O Maestro. O Criador”
- Tião Gonçalo e Paranaense – “Caboclo Lavrador”
- Fernando Henrique e Gabrielly – “Tapera Encantada”
- Paulo Sousa e Andressa – “Vingança da Natureza”
- Fernando Henrique e Gabrielly – “Matusalém”
- Rubinho Tordato e Mario Canhoto – “Viajante da Estrada”
- Célio & Leandro – “Tradição de Matuto”
- Sinhô Passarim e Flor Bunita – “Chás e Ervas”
- Juan Viola e Juliano – “Viola Cor de Ouro”
- Maurício e Kallebe – “O Amor de Um Pai”
Encerramento – Carreiro e Capataz
Domingo (21/05)
10h00 – Final do Festival (as cinco melhores canções de cada semifinal são as dez finalistas).
Encerramento – Peão Dourado & Pratini, Salim & Zé Marco e Milton & Marcos
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone da secretaria, que também é WhatsApp: (19) 3585-5700.
Quem foi Zé Carreiro
Lúcio Rodrigues de Souza, mais conhecido pelo nome artístico de Zé Carreiro, foi um dos pioneiros do estilo sertanejo/caipira. Nasceu no dia 24 de dezembro de 1922, numa fazenda que fazia divisa com Santa Rita do Passa Quatro. Aos sete dias de vida, foi batizado na antiga Igreja de São Sebastião, de Porto Ferreira, passando mais tarde a residir na cidade.
Aos 15 anos foi empregado da Cerâmica Porto Ferreira. Posteriormente, mudou-se para São Paulo.
No final da década de 1940, depois de cantar em diversas duplas, conheceu Adauto Ezequiel, natural de Bofete, formando a dupla que foi batizada pelo compositor Armando Rosas com o nome Zé Carreiro e Carreirinho.
Sempre ligado a Porto Ferreira, onde passou a infância e adolescência, Zé Carreiro sempre mencionava a terra do balseiro João Ferreira, o rio Moji-Guaçu, a vida da caça, do mato, em inúmeros carurus e modas de viola que compôs.
No dia 5 de julho de 1950, a dupla estava nos estúdios da gravadora Continental, para as duas primeiras gravações em disco (bolachão) de 78 rpm, com as músicas Canoeiro (cururu) e Ferreirinha (moda de viola), com grande sucesso.
Zé Carreiro e Carreirinho fizeram apresentações em circos, bailes, shows, rádios de todo o Brasil e seguiram outras gravações em disco, até 1958, quando se separaram.
Durante um ano, Zé Carreiro fez parceria com Pardinho, que em 1959 fez dupla com Tião Carreiro, ou seja, Tião Carreiro & Pardinho. Nesse ínterim, Carreirinho fez dupla com Tião Carreiro. No dia 21 de maio de 1970, Lucio Rodrigues de Souza faleceu na cidade de São Paulo. Porto Ferreira, para eternizar e homenagear a pessoa de seu compositor e representante da música interior paulista destinou-lhe, em 1985, o nome de uma rua do bairro Alto do Serra D’água.
No ano seguinte, a senhora Célia Ribeiro e o professor Luiz Rosa Camargo, através do GEMT (Grupo Ecológico Minha Terra), organizaram uma homenagem ao compositor, recebendo sua mãe, então com 88 anos, diversos familiares e amigos que presentearam o Museu Histórico e Pedagógico com a viola de Zé Carreiro, alguns discos de 78 rpm, seus dados biográficos e fotografias. Zé Carreiro gravou mais de 50 discos de 78 rpm, alguns LPs e dois compactos.
Devido a problemas de surdez e nas cordas vocais, teve dificuldade para continuar gravando, entretanto, sua inspiração não esmoreceu.
Zé Carreiro e Carreirinho foram consagrados como Os Maiores Violeiros do Brasil.
Assessoria de Comunicação, Cerimonial e Eventos