Após jogar enteado em córrego, padrasto ajudou em buscas e disse que menino era sonâmbulo, diz avó

Após jogar enteado em córrego, padrasto ajudou em buscas e disse que menino era sonâmbulo, diz avó

Crime aconteceu em Leme (SP). Criança foi encontrada por uma mulher que passava pelo local, no bairro Itamarati. Menino tinha marcas de violência no corpo e está internado.

A avó do menino de 5 anos que foi encontrado com hipotermia dentro de um córrego na manhã desta quarta-feira (6), em Leme (SP), disse que o padrasto ligou para ela para avisar do desaparecimento da criança e até ajudou nas buscas.

Também disse que a criança tinha sonambulismo, distúrbio no qual a pessoa pode andar enquanto dorme.

O homem de 25 anos foi preso e vai responder por tentativa de homicídio. O advogado de defesa dele informou que vai se manifestar sobre o assunto na quinta-feira (7).

Córrego onde menino foi encontrado em Leme — Foto: Gabriela Ferraz/EPTV

Córrego onde menino foi encontrado em Leme — Foto: Gabriela Ferraz/EPTV

A criança foi encontrada por uma mulher e disse que o atual companheiro da mãe, o qual ele também chama de pai, o jogou no córregoVeja no vídeo acima. O homem tentou fugir, mas foi capturado.

O menino está internado na Santa Casa de Araraquara. De acordo com o hospital, ele chegou sonolento e com marcas de violência. Foram realizados exames, ele está clinicamente estável e o pai o acompanha.

Suposto desaparecimento e buscas

Menino de 5 anos foi encontrado em rio de Leme — Foto: Arquivo Pessoal

Menino de 5 anos foi encontrado em rio de Leme — Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com a avó paterna, durante a madrugada o suspeito ligou para ela e avisou sobre o suposto desaparecimento do menino. Ele alegou que a criança tinha sonambulismo e chegou a ajudar nas buscas.

Atualmente, a guarda do menino é partilhada. Ou seja, ele fica uma semana com a mãe e uma semana com o pai.

Como a mãe do menino estava desde a sexta-feira (1º) na Santa Casa acompanhando a outra filha, uma bebê de nove meses, em uma internação, a criança ficou durante o fim de semana todo com a família do pai e foi para a casa da mãe no domingo (3).

A mulher que encontrou o menino ligou para avó dizendo que havia o encontrado e acionou o Corpo de Bombeiros, que o encaminhou para a Santa Casa.

Fuga e luta corporal com PM

Após o relato da criança, a polícia foi até a casa do padrasto. Ao perceber a chegada das viaturas, ele passou a pular pelo telhado de diversas residências vizinhas. Foi feito o cerco e o homem entrou em luta corporal com um policial.

O homem estava agressivo e foi necessário fazer disparos de arma de incapacitação neuromuscular e algemas para conseguir contê-lo. Ele foi questionado sobre o caso, mas disse não se lembrar de nada e não explicou o motivo de ter fugido.

Versão do suspeito em depoimento

Ao ser interrogado, o indiciado, na presença de seu advogado, o homem disse que estava com familiares até aproximadamente 0h e entrou na residência para dormir, assim como a criança;

Disse que não se lembrava, mas pegou o garoto, levou para o carro e seguiu com ele até o córrego da Avenida Joaquim Lopes Aguila. Em determinado local parou o carro levou a criança até o leito do córrego e foi embora.

Depois retornou para casa e solicitou ajuda de familiares para procurar a criança.

O crime

Delegacia de Leme — Foto: Ronaldo de Oliveira/EPTV

Delegacia de Leme — Foto: Ronaldo de Oliveira/EPTV

O avô materno do menino procurou a polícia depois de receber a notícia do desaparecimento do neto pelo próprio suspeito de crime. Foi registrado um boletim de ocorrência de desaparecimento de pessoa.

O homem disse aos policiais que, desde junho de 2022, a filha é companheira do suspeito.

O padrasto disse ao avô que a criança havia ido à igreja com seu pai e teria voltado por volta das 22h. Quando chegou, a criança ficou com ele, um primo e uma amiga em frente a casa que moram até por volta das 23h30, quando foi dormir.

Inicialmente, o suspeito disse que por volta das 2h15 levantou para ir ao banheiro e viu que o menino não estava na cama. Que depois disso avisou o pai da criança, o avô materno, fez buscas e acionou a Polícia Militar.

Segundo o boletim de ocorrência, o avô da criança disse à polícia que notou que os pedais do carro usado pelo padrasto estavam sujos de barro.

O avô também disse que a criança já relatou ter sido agredida fisicamente pelo padrasto, mas que nunca foi registrado boletim de ocorrência.

Fonte EPTV

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